O Atacado de Moda está próximo do fim?
Veja este relato abaixo, será que já temos este fenômeno no Atacado de Moda no Brasil?
Estava na China e voltando para o Brasil passei pelos Estados Unidos com uma missão: Encontrar bons fornecedores atacadistas de eletrônicos para um cliente brasileiro.
Ele me dizia que comprando no Brasil as margens estavam bem apertadas e que precisava comprar direto dos EUA para ganhar mais.
Pousei direto em Miami, aluguei um carro e saí buscando atacadistas pela Flórida.
Decepção atrás de decepção. Apesar de encontrar bons produtos, especialmente notebooks, os preços tinha pouca diferença entre atacado e varejo.
Para comprar uma única peça (varejo), pagava por exemplo 899 dólares.
E para comprar 100 peças (atacado), o desconto era de 10 dólares. As vezes nem isso!
Não contente fui pesquisar e enter mais sobre o motivo disso acontecer.
O fato é que descobri que a concorrência nos EUA é tão forte, tão pesada que naturalmente os comerciantes tem que encontrar diferenciais para sobreviver naqueles mercados.
É uma espécie de guerra… de um lado o mercado consumidor atacando na buscas de preços mais baixos, prazos maiores e mais vantagens na compra e, do outro lado, a indústria impondo preços maiores e as vezes empobrecendo os produtos, tirando funcionalidades, peso, tamanho, embalagem.
E no meio?
No meio o comerciante levando pancada dos dois lados e tentando sobreviver como um herói de guerra.
EFEITO COLATERAL: Achatamento da cadeia de distribuição
Como consequência natural dessa guerra, é que não há mais margem de lucro para todos sobreviverem.
Antes uma cadeia de suprimentos tradicional era composta de:
1. Fabricante na China
2. Trader
3. Importador
4. Atacadista
5. Distribuidor local
6. Varejo
7. Cliente final
É fácil entender que cada um nessa rede tem o objetivo de lucrar com sua operação.
Mas agora não tem mais margem de lucro para todos.
Então está havendo nesse momento uma reorganização do mercado onde.
O distribuidor quer comprar direto da China
O importador quer vender no Atacado
E mais…
O varejista que já tem porte, 3 lojas ou mais, já consegue importar direto.
Isso mesmo, a loja importa direto da China para revender em sua rede própria (ou de franquias).
Então o comerciante inteligente, obviamente busca alternativas para proteger seu negócio, seu cliente, seu mercado, fica bem claro que uma dessas alternativas é importação direta.
A BOLA DE CRISTAL
Os EUA funcionam como uma bola de cristal, onde podemos prever o futuro do comércio no Brasil vendo o que os gringos fazem por lá.
Não é porque eles são melhores, mas sim porque estão na guerra a mais tempo, então aprenderam antes a se defender, a driblar os obstáculos.
Por lá, a figura do atacadista foi minimizada pelos grandes varejistas.
O distribuidor praticamente não tem mais função naquele país, com os avanços de logística e tecnologia, ficou sem sentido pagar para alguém ter um estoque perto da gente.
Agora esse não é o futuro do Atacado de Moda?
Se você tem comércio e tem visto suas margem de lucro ficarem espremidas nos últimos anos, ou tem visto novos concorrentes, menores que você aparecerem vendendo apenas uma linha de produtos e levando seu mercado, ou quem sabe um novo site de e-commerce que do nada todo mundo tá comprando lá, bem… você já está no meio da guerra.
O que fazer então?
Uma dica é participar da III Semana da Importação Empresarial que mostra como
- Criar uma Importadora
- Encontrar Fornecedores Confiáveis
- Fazer os Custos de sua Importação
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De 03 a 10 de Julho 2017
Online | Inédito | Gratuito
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